segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Empresário e Prefeitura trocam acusações

Empresário e Prefeitura trocam acusações

 
 


Integrantes do governo municipal de Sorocaba estão sendo acusados de tentar cobrar propina de uma empresa prestadora de serviços, para financiar a campanha eleitoral deste ano. O diretor-presidente da Prius Planejamento, Gestão e Tecnologia da Informação Ltda, Ricardo Fantoni Álvares, denunciou que em duas oportunidades a corrupção lhe foi sugerida por secretários municipais, que chegaram a falar em cerca de 10% do valor do contrato de R$ 10,460 milhões. Como reação à denúncia, a Prefeitura, três secretários municipais e outro servidor municipal negaram que tenham atuado na intenção de induzir à corrupção e buscaram a Polícia, a Justiça e o Ministério Público. "Isso não existe no governo Pannunzio. Se ele (empresário) tivesse apresentado um mínimo de prova do que ele está falando, todos os envolvidos seriam exonerados no mesmo dia pelo prefeito", afirmou o secretário municipal de Governo e Segurança Comunitária, João Leandro da Costa Filho. Foi João Leandro quem atendeu o repórter do Cruzeiro do Sul, mas os acusados são quatro outros agentes públicos: os secretários municipais Oduvaldo Denadai, Rubens de Lara, Roberto Juliano e o assessor técnico João Rezende.
 
O empresário Ricardo Álvares interpreta que a Prefeitura passou a atrasar os pagamentos pelos serviços prestados e a prejudicar as atividades da Prius porque a mesma teria deixado de negociar a suposta contribuição para a campanha eleitoral. Alegou que, após sofrer dificuldades supostamente criadas pelo secretário municipal de Serviços Públicos, Oduvaldo Denadai, pediu uma audiência com o secretário municipal da Administração, Roberto Juliano, e foi atendido em meados de abril de 2015, ocasião em que, segundo ele, o secretário teria dito que o procedimento de arrecadação financeira para a campanha de reeleição havia começado, devendo a Prius promover um "acerto pessoal" com o secretário Oduvaldo. Ainda na versão do empresário, como ele persistisse na intenção de prosseguir com as atividades contratadas, em julho o secretário Oduvaldo Denadai e o então responsável pela pasta de Planejamento, Rubens Hungria de Lara, visitaram a sede da empresa em Belo Horizonte (MG), ocasião em que teriam falado sobre "ajuda para campanha", "percentuais do contrato" e "faixa de dez por cento". Álvares relatou que a mesma denúncia protocolada por ele na Corregedoria da Prefeitura foi levada ao Ministério Público, vereadores e veículos de imprensa em Sorocaba. ➡
FONTE JORNAL CRUZEIRO DO SUL

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